sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Sexta 13 - Correr faz muito mal ...


... para quem não corre.

Sexta-feira, 13 de Fevereiro de 2015 - Salve 13!! Dia Mundial do Rádio!!

Os (milhares de) amigos que acompanham o BLOG devem lembrar que nas últimas duas edições da Maratona de São Paulo(2013 e 2014), eu, além de correr a prova, participei de uma pesquisa com maratonistas para avaliar as condições físicas antes e depois da corrida.

O Blog Colucci e as corridas (atual Blog e Run) ajudou a recrutar os amigos leitores, convocando os maratonistas que quisessem participar dos estudos.

Após eu prorrogar muito e as agendas dificultarem, ontem a noite consegui conhecer o resultado final e detalhado dos meus exames pré e pós maratona de São Paulo 2014, a prova mais quente e divertida do ano passado.

Durante a realização dos testes, já somos observados, acompanhados e se necessário avisados sobre qualquer tipo de alteração nos eletrocardiogramas.

Ontem, junto com os amigos também maratonistas participantes da pesquisa Ailton, Ari, Antonio e Renivaldo recebemos os resultados de todos os exames realizados. A Dra. Ana Paula com muita paciência foi explicando com detalhes "sórdidos" para que servia cada gota de sangue, suor e urina que deixamos na esteira, na maratona e nos tubos de ensaio pré e pós prova.

Explicou detalhadamente sobre o teste cardiopulmonar da esteira, o tal do VO2 que tanto se ouve dizer por aí, mostrou o de cada um e quais as zonas de conforto e de desconforto, comparou com os batimentos cardiacos, explicou para que servem a creatinina, clearance de creatinina, hemograma, marcadores de lesão muscular como CPK, CK-MB, mioglobina, ferro e ferritina(tô ferrado nessa), detalhou cada gota(?) do exame de urina tipo 1, explicou sobre a desidratação, lembrou das cãimbras além do colesterol, triglicérides e contou também sobre o RIM, você conhece seu RIM?

O meu rim durante a quentíssima Maratona de São Paulo 2014 chegou muito próximo do fim, e olha que eu nem corri, nem sofri, nem senti dores ou cãimbras, não saí da minha zona de conforto, sabendo do calor desde o início e conhecendo meus treinos, eu curti cada km da prova, FOTOGRAFEI e filmei até acabar e recarregar a bateria do telefone, encontrei muitos amigos e fiz outros tantos pelo caminho. E tudo isso sem nem imaginar que meu rim estava tendo sérios problemas no percurso, problemas que foram devidamente recuperados após a prova e nos exames dos dias seguintes já não apareceram mais.

Existem uns "gênios das corridas", umas pessoas muito bem informadas, sabedoras de tudo, que não cuidam da própria vida mas ficam xeretando e muito pior "cornetando"(para ser educado) a vida dos outros, pessoas que dizem que para ser um corredor é necessário correr rápido, sair da zona de conforto, sofrer, se machucar, caso contrário, quem corre devagar não é considerado um corredor, que não é isso ou aquilo, essas mesmas pessoas QUE NUNCA GANHARAM UMA ÚNICA CORRIDA, nem de carrinho de supermercado, ficam menosprezando os atletas que ganham provas, eu escrevi correto, GANHAM provas, chegam na frente de todos os outros participantes, sobem no degrau mais alto do pódio e ficam com seu nome gravado na história dessas corridas. Se o queniano, ou o seu vizinho corre mais rápido que o vencedor dessa prova, deveria ter se inscrito e largado para mostrar todo esse potencial.

Eu corri a maratona de São Paulo 2014, curtindo, fotografando, brincando, cheguei feliz com um tempo altíssimo se considerada a minha melhor marca, e tinha total consciência disso desde a largada, corri sem cobranças, terminei a prova porque me comprometi com a pesquisa, me diverti DEMAIS e agora fiquei ainda mais feliz por ter feito dessa forma. 
Eu poderia ter tido problemas sérios de saúde se pensasse igual esses gênios que nunca ganharam nada, que pregam idiotices como verdades absolutas, que não agregam valor em nada, que não somam nada a ninguém, que só diminuem tudo e todos e o pior de tudo, ficam cuidando da vida alheia, buscando tempos e resultados de pessoas normais que CURTEM correr, que correm por prazer, por saúde e se der para melhorar a performance, ótimo, se não der para melhorar ótimo também, significa que a vida é corrida, mas é muito mais que SÓ CORRIDA, muito mais que se preocupar com a corrida alheia. 

Voltando a pesquisa, esse ano a Maratona de São Paulo será dia 17 de maio, as inscrições estão abertas com segundo lote promocional, tem bastante tempo para treinar e quem sabe se aventurar na pesquisa 2015. Eu super recomendo e apoio, é uma baita ajuda para a ciência, uma forma de descobrir o que acontece com o corpo humano exposto a um desgaste extremo e o melhor de tudo, uma forma de nos conhecermos por outra visão.

Sei que serei linchado por metade da população mundial se colocar o resultado do meu colesterol aqui, é o sonho de consumo de muitos, porém, tomei BRONCA e vou ter que melhorar esses números considerando a quantidade de kms que corro durante o ano.   

E o meu estoque de ferro, a ferritina também está precisando ser reavaliada. Nem vou fazer a piada que levo ferro o ano todo, ou já vão começar a questionar onde está esse ferro todo. 

Aproveitando que a Maratona de São Paulo passa dentro da USP, quem ainda não participou da pesquisa USP para melhorar a prática de atividades por lá? Tá esperando o que para clicar aqui e participar? Ok, ok, depois de comentar, você responde a pesquisa? Combinado!!! Clica aí.



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2 comentários :

Ptah disse...

Muito bom saber de tudo isso. Ah, e como eu gostaria que mais pessoas pensassem como vi e parassem de cuidar do treino alheio :)

Marcelos disse...

Já fui um corredor ávido por resultados, numa busca insana de baixar meus tempos. Chegava nos metros finais das corridas acelerando sempre, aproveitando o último fôlego que ainda restava. Até o dia em que tive uma lesão grave na panturrilha numa prova de 10 milhas, onde comecei a sentir dores no meio da corrida mas em vez de reduzir, acelerei para bater o meu recorde pessoal. Durante a minha recuperação, o fisioterapeuta me deu um puxão de orelha quando lhe relatei o ocorrido. E me apresentou uma leitura que eu ainda não tinha feito: A Semente da Vitória, de Nuno Cobra. Resumindo este relato, hoje só corro por prazer, só corro na zona do conforto que alguns experts da corrida alheia tanto abominam. Nunca mais cheguei esbaforido ao final de uma corrida. Meu coração e meu corpo só agradecem.